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O fim ou o princípio




Durante este fim-de-semana surgiu uma notícia triste, muito triste.
A morte de um actor conhecido do grande público.
Sendo eu sobrinha de um actor, senti um forte murro no estômago, porque achamos sempre que está tudo bem nos períodos de maior silêncio. E, às vezes pode não estar.
Estas coisas acontecem todos os dias mas vão-nos passando ao lado.
Até que não.
Lamento mesmo muito esta situação por várias razões.
Pelo facto de não conseguirmos ver que alguém não está bem, que está triste, que sofre. Não o Pedro Lima em específico, mas os que nos rodeiam.
Pela mulher e pelos filhos. Porque me coloco no lugar desta Anna, na mulher e na mãe que ficou sem o seu Amor e na dor que sente.
Que ninguém opine ou abutre sobre a vida dos outros.
Que todos tomem conta da sua vida e dos seus. Chega e sobra.
Que todos sejamos mais atentos e cuidadosos uns com os outros.
Pôr fim à vida merece um grande respeito. Para mim é mais coragem do que outra coisa.
Tenho para mim que morrer não é mau.
É péssimo  para quem fica pelas saudades e pelo vazio que quem amamos deixa.
Acredito no reencontro.
Quem vai, vai para melhor.
Quem fica tem de aguentar a espera. Com nódoas negras no coração.


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