O Martim está no 4º ano, o fim da primária.
Desde a Páscoa que as aulas são em casa, pelo computador.
De início soube bem, pela novidade, mas depois veio a noção de que este ano não haveria praia, viagem de finalistas, arraial, entre outros momentos.
Crescer é difícil. Crescer, às vezes dói. Os ossos e a alma.
No primeiro dia de aulas, a 9 de setembro de 2016, caiu-lhe o primeiro dente.
Eu não fui trabalhar para o poder ir buscar cedo.
Tive imensa vontade de chorar por ver o meu menino indefeso naquele que é o primeiro dia de muitos, de anos. Claro que tudo isto apenas aos meus olhos de mãe muito galinha.
A mochila era maior do que ele.
Não chegava com os pés ao chão.
Tinha apenas cinco anos.
Mas este menino que me parecia frágil, não é.
É distraído, despistado, passa umas horas por dia em Marte, mas volta sempre.
E também ele hoje sentiu que um ciclo chegou ao fim.
E acho que a ficha só lhe caiu quando desligou a video-chamada e voltou a ligar com a pergunta: À tarde voltamos a que horas? E a resposta foi: À tarde não voltamos!
A professora do Martim é uma amiga nossa, mas principalmente dele. Que a descreve dizendo : É sempre tão querida...
E isso é tudo!
As férias de verão são maravilhosas. São aquele dia que todos queremos que chegue.
Três meses sem aulas e de diversão. De gelados e fruta fresca. De praia e casa dos avós. De muito tempo com os pais (que este ano não se aplica, porque nos deitam pelos olhos, ou talvez não).
Boas férias alunos, pais e professores.
Aproveitem muito.
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