Avançar para o conteúdo principal

Quarentena - 1ª semana

woman washing her hands soap and water under faucet



Nesta amostra de quarentena já aconteceram muitas coisas.
Tentámos manter as rotinas que diferem os dias de semana do fim-de-semana, ainda que estejamos sempre em casa.
Deitamos-nos mais ou menos à mesma hora, mas não acordamos às seis. O que é bom.
O Martim tem as suas tarefas e temos de arranjar outras tantas para a Nôno.
Ensinar não é tarefa fácil nem se fica com a certeza de que ficou consolidado.
É mais fácil ser só mãe.
A casa foi limpa exemplarmente. Está tudo impecável.
Troquei o filtro do exaustor, tirámos a televisão do sítio, afastámos móveis.
Não há compromissos. Nem almoço em casa dos pais, festas de anos, ensaio de rancho ou outros passeios.
A Nôno tem saudades desses dias. Diz que quer ir ao Jardim Zoológico. Mas hoje nem quis sair.
Temos feito ginástica em casa ao fim do dia.
Para o Martim é importante ir andar de trotinete ou de bicicleta, uns dias por outros.
Mas quando hoje viu os amigos em videoconferência ficou mesmo contente. Foram 40 minutos de satisfação e agitação.
Eu não gosto de falar ao telefone. E continuo a não gostar. Praticamente só ligo aos meus pais.
Ainda gosto menos de mensagens, que agora não param e interrompem conversas e ações. São muitas. Profissionais e pessoais.
Gosto de redes sociais e adoro este blog.
Claro que a tecnologia aproxima e facilita. Ainda bem que existe.
É prático e cómodo. Mas prefiro as relações cara a cara.
Mesmo quando fico muito tempo sem ver um amigo, sinto que tudo ficou onde parámos a última vez.
Sem cobranças.
As rotinas estão em reconstrução.
Nunca imaginei viver uma pandemia. Nem ninguém.
Mas desejo muito que seja breve. Nunca me farto da minha casa. Mas gosto muito de viver despreocupada.




Comentários

Mensagens populares deste blogue

Cana rachada

  Os meus filhos estão na mesma escola onde eu estudei. Das várias por onde passei, foi onde mais senti que sabiam quem eu era. Foi onde fiz a primeira comunhão. E todas as meninas estavam no coro nessa cerimónia.. Depois disso, a irmã responsável (que já era velhinha na altura e não me consigo lembrar do nome dela) disse que, se eu quisesse, podia não ir mais. Eu percebi e aceitei. Quando fui para a Academia da Força Aérea quis muito ir para o coro. E quase ninguém quer. Nas audições é frequente cantarem o Atirei o pau ao gato ou a Oliveirinha da serra para não ficarem. Eu cantei o Pai Nosso em ti cremos. E sei que só fiquei como suprano porque o capelão intercedeu muito por mim. Depois de um ano de ensaios até melhorei um bocadinho. No Karaoke só não é de chorar se o Bruno cantar comigo. Há uns dias estava a cantar com a Nôno o Chuchua Chuchua Chuchua ua ua. Uma música muito pateta mas que quem tem crianças sabe qual é. Não tem grande ciência e não exige particular talento.

Coisas que me inquietam

Quando chove as pessoas usam guarda-chuva. Precisamente porque está a chover e não se querem molhar. Acontece que, a maioria delas, segura o cabo do chapéu à frente do seu rosto (em vez de encostado ao ombro), pelo que ficam muito pouco tapadas. Na verdade, 50% do espaço, não é usado por ninguém! Pronto, é isso. Uma coisa que me inquieta. Mas há mais, muitas mais.

Worten a conseguir

Estamos a quatro meses do aniversário da Nôno, pelo que, para ela, estamos em contagem decrescente. Hoje dizia que já tem três temas para a sua festa: o stitch, a vampirina e outro que nem sei reproduzir. - Não sei se será fácil arranjar a decoração da vampirinha, pratos, guardanapos... - comentei. - Se não encontrares, vamos à Worten - afirmou. - Porquê à Worten? - lancei a questão. - Porque tem tudo! - constatou com descontração.