Depois das favas hoje fiz outra iguaria. Lulas cheias.
Para os comuns mortais são lulas recheadas.
Para nós não!
A receita era da avó-da-nês das Quatro-Estradas.
Comprei lulas congeladas, mas com frescas é ainda melhor e mirram menos.
Mas não tem nada que saber.
Numa taça colocamos duas colheres de sopa de arroz (carolino para o bago ser mais pequeno), meio chouriço bem picadinho, os tentáculos das lulas cortadinhos e tomate picado (eu coloquei um bocadinho de polpa daquela com que tem cebola e manjericão, mas devia ser do fresco pelado).
Enchem-se com uma colher (mal cheias porque o arroz incha e elas rebentam) e fecham-se com um palito.
Fiz isto ontem porque hoje não daria tempo.
Num tacho cobre-se o fundo com azeite e deixa-se cozinhar em lume brando. Pode-se salpicar de sal quando estão quase prontas, mas não precisa se o chouriço já for apetitoso.
Acompanhei com batatas fritas e salada.
E viajei no tempo muitos anos... para o Algarve, para as vezes todas que almocei em casa da mãe-da-nês, para os almoços de domingo da minha mãe.
Experimentem que vale muito a pena.
E nestes tempos é bom não comer sempre a mesma coisa para os dias não parecerem todos iguais.
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