Tiro sempre férias quando os nossos filhos estão de férias, mas eles têm mais dias do que eu.
Claro que há actividades muito divertidas e originais e o Martim já fez várias.
Mas ainda não há nenhuma que consiga igualar uns dias com os avós.
Também eu adorava ir para casa das minhas avós.
A avó Irene (a avó do gato) fazia-me ovos de tomatada, massa para brincarmos juntas às pastelarias, massinhas secas em frascos de comprimidos para brincar aos restaurantes. Iamos ao café e ao supermercado, comprava-me brinquedos no mercado às quintas-feiras (os conjuntos de chá mais bonitos de todos). Os dias passavam depressa.
A avó Emília (a avó das missas) fazia-me bife de perú com batatas fritas, caldo verde e fatias douradas com o pão que sobrava. Bebia café com leite e comia carcaças com queijo da ilha. Ensinou-me a pregar botões e a fazer roupas para as bonecas. Corriamos as mercearias da baixa e íamos a igrejas onde eu nunca tinha entrado para poder pedir um desejo. Fazia tudo bem.
Os meus pais e os meus sogros têm o mesmo papel com o Martim e a Nôno.
O sorriso rasgado com que vão e o mimo que recebem não tem preço. São memórias que ficam para sempre.
São cheiros e sabores que se entranham.
O Amor é tudo na vida.
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