Quando chegamos e estacionamos na garagem, há toda uma animação por sentirmos que vamos para casa.
Entre sacos de supermercado (quando os há) e mochilas de um e de outro, parece que levamos uma mobília de casa de jantar.
O Zé é um avô emprestado dos meus filhos que, por acaso, trabalha na portaria do prédio.
Vem sempre ter connosco e leva-nos até ao elevador.
No início da semana estava triste e percebemos logo que se passava qualquer coisa.
Tem a filha doente.
Ontem fui para casa só com a Nôno porque o Martim tinha uma actividade extra.
Quando entrámos o Zé ficou sentado.
A Nôno pediu para ir ter com ele, mas antes perguntou:
- Achas que a filha dele está melhor?
Comoveu-me a sua empatia. Não se esqueceu e percebeu que era importante.
E o seu coração não tem nada de pequenino.
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