E as estórias de vida começam assim...
Escrever faz bem à alma.
Permite desabafar, crescer e aprender.
Deixa-nos ouvir o coração e pensar em voz alta.
Só foi preciso querer começar.
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Fufu
- Nôno, fizeste cocó ou foi um fufu?
- Mamã, foi cucu!
Os meus filhos estão na mesma escola onde eu estudei. Das várias por onde passei, foi onde mais senti que sabiam quem eu era. Foi onde fiz a primeira comunhão. E todas as meninas estavam no coro nessa cerimónia.. Depois disso, a irmã responsável (que já era velhinha na altura e não me consigo lembrar do nome dela) disse que, se eu quisesse, podia não ir mais. Eu percebi e aceitei. Quando fui para a Academia da Força Aérea quis muito ir para o coro. E quase ninguém quer. Nas audições é frequente cantarem o Atirei o pau ao gato ou a Oliveirinha da serra para não ficarem. Eu cantei o Pai Nosso em ti cremos. E sei que só fiquei como suprano porque o capelão intercedeu muito por mim. Depois de um ano de ensaios até melhorei um bocadinho. No Karaoke só não é de chorar se o Bruno cantar comigo. Há uns dias estava a cantar com a Nôno o Chuchua Chuchua Chuchua ua ua. Uma música muito pateta mas que quem tem crianças sabe qual é. Não tem grande ciência e não exige particular talento.
No carro a caminho da escola, a Nôno diz: - A minha melhor amiga terminou com o namorado. - Não se diz terminou, diz-se que acabaram! - comenta o Martim. - Ele respondeu-lhe que vai escolher outra namorada. - diz a Nôno. - Faz bem! Ela se calhar também começou a gostar de outra pessoa. - afirmei. - Não mãe, ela so quer seguir com a sua vida. - retorquiu a Nôno. Tendo em conta que não veem novelas, já sabem umas quantas coisas...
Quando chove as pessoas usam guarda-chuva. Precisamente porque está a chover e não se querem molhar. Acontece que, a maioria delas, segura o cabo do chapéu à frente do seu rosto (em vez de encostado ao ombro), pelo que ficam muito pouco tapadas. Na verdade, 50% do espaço, não é usado por ninguém! Pronto, é isso. Uma coisa que me inquieta. Mas há mais, muitas mais.
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