Há coisas na vida que estão certas. Que sabemos que vão acontecer. Um dia, bastante longe no tempo. Mas o tempo passa e aperta e esse dia chega quando menos queremos. Agora já não tenho Pai. Pelo menos por agora. Ficar órfão é perder uma parte de nós, da nossa identidade e da nossa história. É não ter o colo, o porto de abrigo seguro, o mimo. Perder uma palavra honesta e um conselho sábio. O nosso coração fica mirrado, apertado, a cabeça dói e o estômago arde. Terei de passar a viver das recordações, da gratidão e da memória. Na esperança de que, um dia, se torne menos difícil. E isto não significa que não tenha outros amores, mãe, marido e filhos. Significa apenas que fiquei incompleta. Não sei se para sempre, mas por agora. Até um dia.
E as estórias de vida começam assim... Escrever faz bem à alma. Permite desabafar, crescer e aprender. Deixa-nos ouvir o coração e pensar em voz alta. Só foi preciso querer começar.
Comentários
Tu vais cantar num coro?!?!?!
Quem diria...depois da rejeição por parte das freiras do São Miguel Arcanjo, os militares decidiram dar-te uma nova oportunidade para brilhar no campo artístico.
Ele é danças populares, ele é ballet, ele é sapateado, ele é cavaquinho.
Daqui a uns meses descobrimos que és tu quem pinta os quadros lá de casa.
Daqui a uns anos descobrimos que lançaste um cd a solo...
Desejo que te superes nesta nova tarefa que, no teu caso, deverá resultar em muito trabalho árduo pela frente...
Treinamos um RIPAI um dia destes mas sem RI? Podemos chamá-lo de ANIPA...