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crescia, mesmo no meio, uma planta sem nome. Era robusta
mas desajeitada, com flores sem perfume. Para as outras
flores nada mais era a não ser uma erva daninha. Mas a
planta sem nome estava cheia de bondade e de ideais.
Sob o calor dos primeiros raios do sol, a planta sem
nome não se distraía mas deixava-se envolver sem nada
perder. Transformava toda a luz do sol em força vital até a
sua haste se tornar robusta e alta, elevando-se sobre todas as
outras flores.
A planta sem nome tinha um projecto. Se o sol se
movimentava no céu, ela orientava-se para ele sem nunca o
abandonar. A maravilha chegou ao máximo quando, no
cimo da haste desabrochou uma magnífica flor que se
assemelhava ao sol: grande, redonda, com um leque de
pétalas de cor amarelo/doirado. E aquele rosto redondo
doirado continuou a seguir o movimento do sol no qual
encontrava a sua vida.
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