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A mostrar mensagens de 2022

Lado britânico

  Ontem ao jantar o Martim comentou que tinha comprado um pacote de batatas frita na máquina, para acompanhar o almoço. Foi então que perguntei, o que foi o almoço. Disse que peixe. Comentei: - Batatas com peixe! Respostas: - Foi o meu lado britânico a falar. Estava uma delícia!

Vinagre na roupa

No outro dia fui com uma colega de trabalho ao supermercado. Ela comprou três garrafas de viagre de limpeza, o que me surpreendeu, por ser um produto que não uso, e por ser em tanta quantidade. Sei que é muito usado para limpar a cozinha ou o frigorífico, mas ela também não tem um restaurante. Foi então que me disse que junta ao detergente da roupa antes de ligar a máquina. E o resultado é que, tendo de estender dentro de casa em dias de chuva, ou na varanda em dias mais húmidos, a roupa não fica a cheirar a humidade. E não é que resulta mesmo?!!! Experimentem.

Que não seja proibido, apenas que não seja importante.

  Ontem foi domingo, dia da família. Todos os dias o são, mas o domingo tem um sabor especial. Fomos almoçar fora. Ainda que os miúdos estejam meio adoentados, sabe sempre bem fazer uma refeição fora. E enquanto falávamos e comíamos pão com manteiga e azeitonas, chegou uma avó com o neto. Sentaram-se. E desde esse momento que a criança pegou no seu telefone que já ia naquelas capas que têm um fio para pendurar ao pescoço... Esteve o tempo todo a jogar. Chegou o almoço e passou a ver vídeos. Quando terminou, voltou a jogar. E aquela avó, que levou o neto a almoçar, a comer frango com batatas fritas e a beber coca-cola, esteve o tempo todo sozinha... Apenas lhe disse, a dada altura: - Vai comendo, filho! Não falou com ninguém e não esteve com o seu neto, mesmo estando. Não permitam que estejam sós, mesmo acompanhados. Não deixem de ter nada para dizer. Não imponham a regra de que é proibido à mesa. Apenas não deixem que haja esse espaço e que um telefone ganhe a importância que não tem.

Comida voadora

A Nôno, no seu registo habitual, deixa sempre cair comida para o chão, durante as refeições. Em tom de brincadeira, dizemos-lhe que a comida que lhe cai é  da Força Aérea. Numa das últimas vezes, caiu alface e cenoura. O Martim diz-lhe: - Já não bastava uma alface da Força Aérea, também temos uma cenoura da Marinha, que mais parece um navio a patrulhar! Risada geral.

Radical

- Mamã, não me lembro bem do nome das minhas bisavós... - Chamavam-se Emília e Irene. - Prefiro Irene, é mais radical. E eram mesmo, as duas, muito à frente do seu tempo...

Rabo mole

- Mamã, o teu rabo está mole. - Tens razão, não tenho feito muito exercício! - Não te queria dizer isto, mas está uma papa! E pronto, o confronto com a dura, ou melhor, mole realidade. 

Idosos

- Eu gosto de idosos. - dizia ontem o Martim. - Os jovens da tua idade não costumam gostar muito de pessoas muito mais velhas. - respondi. - Eu sei, eles às vezes são um bocadinho teimosos e até podem chegar a ser chatos mas, na sua maioria, são amáveis e eu admiro muito isso neles. E eu admiro tanto isso em ti.

Para lá da sopa

Na semana passada fiz uma sopa que ficou cheia de fios. Com os legumes habituais e sem alho francês. Penso que pode ter sido da cougete, mas não há uma explicação óbvia. Cá em casa todos adoramos sopa, pelo que ficámos um bocadinho decepcionados. Mas veio logo um enorme reforço positivo. O Martim disse,  - Não fal mal, passamos pelo passador! A Nôno disse: - Até nos restaurantes de cinco estrelas se enganam, por isso não faz mal. E assim se levanta a autoconfiança num abrir e fechar de olhos.

Pele de galinha

A Nôno quis ficar a brincar na banheira depois do banho. Ficou lá mais tempo do que a conta. Quando saiu disse: - A minha pele até ficou em canja.

A guerra pelos olhos das crianças

Estavamos a jantar, mas a televisão estava ligada no telejornal. Mostraram as imagens de um bombardeamento e a Nôno ficou mesmo dmirada. E comentou: - O que era aquilo? São bombas? - Sim. - respondemos. - São mesmo estúpidos. Já têm um país tão grande, para que é que querem mais? - perguntou - Por ganância... - disse o Martim E esta é uma doença. Não só a da ganânci, mas a da desumanidade. E todos o sentimos.

Preguicite aguda

Às vezes a Nôno tem alguma preguiça, principalmente depois da escola. Custa-lhe a arrumar o quarto, a acabar de comer sozinha um prato que não a inspira tanto, ou até pede para ir para a cama às cavalitas. - Como a minha professora diz, estou com preguicite aguda. Ao que o Martim responde: - Sabes que isso é uma doença, não sabes? Como eu gostava que fosse uma doença assintomática...

Pássaros na cebeça

Durante o fim-de-semana a Nôno queixou-se de dores de cabeça. Pediu para tomar charope quando chegasse a casa, com o argumento: - Tenho pássaros na minha cabeça!

Começou uma guerra

Começou uma guerra há oito horas. Não nos faltava mais nada, pensando assim de repente. Já morreram mais de 40 soldados ucranianos. Imagino Portugal numa situação similar. Se nuestros hermanos decidissem ficar com Elvas. Jurei defender o meu país, mesmo com o sacrifício da própria vida. Não o disse da boca para fora. Foi um juramento sentido e verdadeiro. Mas gostava que nunca fosse preciso por um disparate assim. Admiro a coluna vertebral deste país pequeno que está a defender o que lhe pertence. E que isto acabe depressa, mais depressa do que o Covid.

Um crepe que era folhado

  Estava no supermercado à procura de uma ideia para fazer num dos jantares do fim-de-semana. Uma coisa diferente do habitual. Vi uma embalagem cuja imagem me pareceram crepes chineses, em promoção, por menos 50%. Decidi arriscar. Em casa deparei-me com um folhado e não com crepes. Só vos digo que é delicioso. Com desconto sabe ainda melhor, mas é mesmo bom. Frango, bróculos, queijo...  Todos adoraram. Fica a dica. Se me voltar a enganar assim, torno a partilhar.

Parabéns à nossa Casa

Faz hoje 17 anos que assinámos a escritura da nossa casa. Termos a nossa casa é um grande passo. Um marco na vida adulta e na autonomia. Um espaço nosso. E de todas as vezes em que sonho com outra casa, maior, em outro lugar, sinto igualmente uma enorme nostalgia em pensar que teria que me desfazer dela. Parabéns querida Casa!

Mickael Jackson

Num trabalho de casa de inglês, o Martim tinha de descrever uma pessoa da sua família e o seu cantor favorito. Ele escolhe sempre o primo Kiko em todos os trabalhos deste género. Em relação ao cantor, escolheu o Mickael Jackson.  Confesso que fiz uma cara de surpresa, que ele percebeu. E respondeu: - Parece que vou ter de me dedicar mais a estas coisas da adolescência!...

O filme da noite eleitoral - Observador

Adoro noites eleitorais porque podem ser surpreeendentes. A oposição fofinha, a firme... Bipolarização com costas largas Reflexões e demissões.

Saco vs botija

Gosto de chamar saco de água quente. O Bruno diz muitas vezes botija de água quente. Para mim, botija é do gás. Acho que o diz só para ver a minha expressão e se rir internamente. O Martim entra no jogo e pergunta se já aqueci a botijinha, enquanto se ri... A Nôno também quer entrar na brincadeira, mas esquece-se na expressão. Então saiu-se com esta: - Já aqueceste a bexiguinha de água quente. Risota geral!

PC com Covid

Temos visto um episódio do inspetor Max depois do jantar. Perante uma situação de virus num computador, que o inspetor teve que resolver, a Nôno diz: - Aquele computador está com Covid!...